"A mensagem cristã é para todos" . Esse foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (22). Reunido com milhares de fiéis na Praça São Pedro, o Pontífice enfatizou que através do encontro com Jesus os cristãos são chamados a anunciar com alegria as maravilhas do Evangelho.
Através da propagação da mensagem de Cristo, sublinhou Francisco, “existe um poder humanizador, uma realização de vida que se destina a cada homem e a cada mulher, porque Cristo nasceu, morreu e ressuscitou por todos, não excluiu ninguém”.
O Papa gravou um trecho da Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, Evangelii Gaudium :
«Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”» (n. 14).
Francisco ao sublinhar a importância do serviço da destinação universal do Evangelho, chamou os fiéis a destacarem-se “pela capacidade de ir além de si mesmos, de superar o egoísmo e todas as fronteiras”:
“Os cristãos se reúnem-se mais no adro da igreja do que na sacristia, percorrem as praças e as ruas da cidade. Devem ser abertos e expansivos, extrovertidos, e este caráter vem de Jesus, que fez da sua presença no mundo um caminho contínuo, destinado a chegar a todos, aprendendo até com alguns dos seus encontros.”
Ao falar sobre a pregação de Jesus narrada nos evangelhos, o Papa registrou que a propagação da Boa Nova não deve se limitar ao povo ao que pertence, mas deve estar aberta a todos. “A Bíblia nos mostra”, disse o Papa, “que quando Deus chama uma pessoa e faz uma aliança com alguém, o dedicado é sempre esse:
“O Senhor elege alguém para alcançar outros, esse é o chamado de Deus.”
Em seguida o Santo Padre destacou que todos os amigos do Senhor experimentaram a beleza, mas também a responsabilidade e o fardo de serem "escolhidos" por Ele, e completou: “todos já experimentaram o desânimo diante de suas fraquezas ou da perda de sua segurança” .
Francisco então exortou a confiança sobre o risco do fechamento que pode assolar os cristãos:
“A tentativa maior é considerar o chamado recebido como um privilégio. Por favor, não, o chamado não é um privilégio, nunca. Não podemos dizer que somos privilegiados em relação aos outros. O chamado é para um serviço. E Deus escolhe um para amar a todos, para alcançar a todos.”
Ao final de sua catequese, o Papa enfatizou que o chamado de Jesus é universal: “não é para um grupo de eleitos de primeira classe”: “Deus escolhe alguém para amar a todos. Esse é o horizonte da universalidade. O Evangelho não é só para mim, é para todos, não vamos esquecer disso”, concluiu o Papa.