Plano de Ação Evangelizadora 2017 - 2021

Plano de Ação Evangelizadora 2017 - 2021

Plano de Ação Evangelizadora 2017-2021


APRESENTAÇÃO DOM MAURO AP. DOS SANTOS


Amados Irmãos e Irmãs, depois de uma caminhada de formação, interação e discernimento, realizamos a nossa Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Inspirados pelo Espírito Santo, sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, concluímos a nossa Assembleia e votamos o Plano de Pastoral para o período de 2017 a 2020. É muito sugestivo, orientador e comprometedor com a ação evangelizadora da Igreja Particular de Cascavel que está sintonia com o Regional Sul-2.

Com o Concílio Vaticano II, veio a compreensão do Batismo como uma grande fonte de ministérios e de que os Leigos e Leigas são chamados a desempenhar diversos serviços na comunidade, não somente como suplentes. Não se escolhe líder para enfeitar a Pastoral, mas para os serviços existentes. A formação é uma exigência da Igreja, pois precisamos de lideranças Leigas formadas com o pensamento teológico, pastoral, litúrgico, bíblico, catequéticos, enfim, que abranja o grande conjunto de áreas que são necessárias para qualificar a presença e a atuação da Igreja no mundo de hoje. Também a formação para uma inserção social política e econômica das nossas lideranças Leigas, calcadas no Ensino da Doutrina Social da Igreja.

As lideranças Leigas são de enorme importância dentro da Igreja porque todos os Leigos e Leigas participam, a partir do Batismo, do sacerdócio comum. O Espírito Santo espalha, sem cessar, sobre os discípulos de Jesus, os mais diferentes carismas com os quais a Igreja é ornada. Não é possível imaginar a Igreja sem os inúmeros serviços exigidos pelas lideranças Leigas.

O ministério hierárquico na Igreja (o do bispo, do presbítero e do diácono), não é que seja melhor aos olhos de Deus, em relação aos ministérios leigos, mas são distintos, não se confundem. E como ministério hierárquico tem a missão de conduzir, de congregar na unidade todos os demais membros e ministérios da Igreja, os ministérios dos leigos estão a ela subordinados e devem ser exercidos na comunhão e obediência para que, aparecendo assim a distinção entre os ministérios ordenados e não ordenados, seja manifestada a dos diferentes ministérios para podermos ver a beleza e a riqueza da organização e atuação que o Senhor quis para a sua Igreja. A não 2 ARQUIDIOCESE DE CASCAVEL clareza da distinção entre as funções na comunidade eclesial pode trazer muitos transtornos e sofrimentos para a própria Igreja.

A preocupação de muitos é ver as Igreja cheias, comunhões numerosas, filas sem fim de penitentes e procissões intermináveis. E, diante disso, ficam tranquilos, pensando que tudo vai “de vento em popa”. Não se lembram de que, apesar de numerosas comunhões, na hora da crise poderão encontrar-se sós. Não se lembram de que meras questões políticas poderão dividir, inimizar e afastar da Igreja, para fazer frente comum com os seus adversários e inimigos.

O problema fundamental do momento presente, que ainda não compreendemos, é a descoberta e formação de líderes, para com eles fermentar e conduzir a massa. Sem líderes do meio, formados na ação, ninguém poderá contar com a massa. Nossa situação é a de uma maioria que não atua. De uma maioria que vai a cabresto ou a reboque de um grupo de aventureiros e piratas, por ela levados aos postos de comando.

Este Plano de Pastoral Arquidiocesano quer nos motivar a darmos passos gigantescos em busca de uma sociedade mais justa, equitativa, participativa, solidária e cristã. Sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da nossa Arquidiocese e com as bênçãos da Santíssima Trindade, tenho a alegria de entregá-lo a todos vocês. Amém.

Cascavel, 31 de dezembro de 2016

Dom Mauro Aparecido dos Santos

Arcebispo Metropolitano de Cascavel