Papa Francisco pede mais educação e promoção social em favor dos jovens migrantes

Papa Francisco no Vaticano / Vatican Media

O papa Francisco fez um chamado hoje (29) a promover “a pesquisa, o ensino e a promoção social” dos jovens migrantes. Foi o que disse ao receber no Vaticano os participantes de um congresso que refletiu sobre “Iniciativas na educação de refugiados e migrantes", promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana.

Em seu discurso, o papa insistiu que "não basta acolher os imigrantes, mas é preciso acolher, acompanhar, promover e integrar".

Francisco agradeceu os esforços das pessoas que trabalham para “promover programas para fomentar a educação dos refugiados” e acrescentou que “muito foi feito, mas muito ainda deve ser feito”.

Por isso, o papa pediu para “continuar dando prioridade aos mais vulneráveis" e encorajou a organização de "cursos de educação à distância", a "concessão de bolsas de estudo" e a aproveitar "a rede acadêmica internacional" porque "as universidades também podem facilitar o reconhecimento dos títulos de estudo e do profissionalismo dos migrantes e refugiados, em benefício deles mesmos e das sociedades que os acolhem”.

Para o papa, “as escolas e as universidades são espaços privilegiados não só de ensino, mas também de encontro e integração”.

Falando à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, Donatella Parisi, responsável pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) na Itália "Centro Astalli", manifestou "grande alegria por este curso que abordou a questão da educação de crianças e jovens refugiados, nos níveis primário, secundário e na universidade”. Ela disse que foi “muito interessante ouvir dos refugiados que já concluíram os estudos universitários que puderam realizar isso graças ao patrocínio do JRS e da ACNUR”.

Sobre o encontro no Vaticano com o papa Francisco, Parisi destacou à ACI Prensa “a importância de acolher os refugiados através do direito à educação”.

“Para o Centro Astalli, as palavras do papa são mais uma vez um estímulo e motivação para investir ainda mais na educação dos refugiados através da formação e do encontro com outros jovens italianos no mundo escolar”, concluiu a responsável pela comunicação do JRS na Itália.