Está acontecendo no Centro de Diocesano de Formação, em Umuarama (PR), a 5ª edição da Formação Integral para Presbíteros (FIP). Essa é a primeira vez que o encontro acontece em Umuarama, pois nas primeiras 4 edições aconteceu na cidade litorânea de Guaratuba (PR). Esse encontro é organizado pelo Conselho Regional de Presbíteros (CRP) da CNBB Sul 2, e começou no dia 09 e vai até o dia 23 de julho, reunindo 20 padres de diferentes dioceses do Paraná.
A formação é destinada a padres com 10 a 25 anos de ministério e tem como base os cinco pilares da formação para o ministério presbiteral, segundo a exortação apostólica pós-sinodal do Papa João Paulo II, Pastores Dabo Vobis: vida humano-afetiva, vida espiritual, vida comunitária, vida intelectual e vida apostólica.
Nas duas semanas de formação, os padres são conduzidos a momentos de fraternidade, de espiritualidade e de confraternização. Os padres são acompanhados por uma nutricionista, que cuida para que tenham uma alimentação saudável, por um educador físico, que propõe atividades diariamente e por outros profissionais de saúde. Além disso, conteúdos de teologia e pastoral são abordados por bispos, padres e profissionais de várias áreas do conhecimento.
Segundo o presidente interino da CRP/PR, padre Emerson Detoni, a FIP quer ser esse lugar privilegiado para promover a qualidade de vida dos presbíteros. “Na FIP, acontece esse cuidadoso acompanhamento pessoal, integral e orgânico dos presbíteros, em favor da pessoa, vida e missão do padre. Não tenho dúvidas que a FIP é um investimento de fundamental importância, que talvez nem todas as dioceses e presbíteros tenham compreendido ainda. Mas queremos cada vez mais fortalecer essa experiência”, disse ele.
“Esses quinze dias de encontro são para que o padre reaprenda a cuidar da alimentação, a cuidar dos exames médicos que precisam estar em dia. E também rever o estudo, a oração, para que nessa integridade, nessa totalidade, a gente possa estar bem para servir bem”, explicou o padre Ivanildo Gasparrini, tesoureiro da CRP/PR.
Para o padre Marcos Antônio de Oliveira, participante da diocese de Umuarama, a formação proporciona que o padre trabalhe a sua humanidade. “Trabalhar a sua pessoa, o auto cuidado. Cuidar dos outros é fundamental, mas o cuidar de si para cuidar dos outros”.
“Precisamos de pessoas que cuidem de nós, porque nós não cuidamos muito bem de nós mesmos. Normalmente numa família, tem um círculo de pessoas que estão atentos e o padre pode correr o risco de ficar isolado e não perceber alguns sinais com relação a sua vida e sua saúde. Então é importante dar essa parada, para ter uma equipe que cuide da gente, que olhe como nós estamos para podermos dar passos, ter melhoria de vida, para atender bem as pessoas”, afirmou o padre Alex Cordeiro, participante da arquidiocese de Curitiba.
“Ter a oportunidade de parar, por duas semanas, numa proposta de formação integral é dar-se o tempo de olhar um pouquinho para si, para o ministério, para a própria qualidade de vida, o cuidado. Não de uma maneira egoísta, mas pensar em cuidar ainda mais de si, em todas as dimensões, para poder cuidar melhor do povo e servir com muito mais alegria”, disse o padre Valdecir Bressani, participante da diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR).