Arquidiocese de Brasília conforta manifestantes presos depois dos atos de vandalismo

“Muitas pessoas estão abaladas e apreensivas, outras estão confiantes em sua inocência”, disse Soares. “Pude fazer orações e preces com todos. Estamos fazendo nossa parte em ser presença”.
12/01/2023 08:01
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Arquidiocese de Brasília conforta manifestantes presos depois dos atos de vandalismo

Frei Rogério Soares com os detidos na Academia da Polícia Federal, em Brasília. Foto: Arquidiocese de Brasília.


Frei Rogério Soares foi prestar a assistência na tarde de ontem (10) às pessoas presas por terem participado das manifestações violentas em Brasília no domingo (8). Soares, que é vigário episcopal para a Promoção Humana e Obras Sociais da arquidiocese de Brasília, foi enviado pelo arcebispo de Brasília, dom Paulo cardeal Cezar, à Academia da Polícia Federal (ANP) onde estão os presos suspeitos de participação da depredação das sedes dos três poderes em Brasília: o Palácio do Planalto, sede do Executivo, o Congresso e o prédio do Supremo Tribunal Federal.

O setor de comunicação da arquidiocese de Brasília informou a ACI Digital que “somente ontem (10)” a arquidiocese de Brasília teve autorização para entrar na Academia da Polícia Federal.

Frei Rogério ficou no local por cerca de quatro horas ouvindo e confortando as pessoas. E comunicou a elas que o arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar está rezando por eles.

“Muitas pessoas estão abaladas e apreensivas, outras estão confiantes em sua inocência”, disse Soares. “Pude fazer orações e preces com todos. Estamos fazendo nossa parte em ser presença”.

O vigário episcopal para a Promoção Humana e Obras Sociais, que também é coordenador geral da Pastoral Carcerária, em Brasília disse em seus storys que na Academia da Polícia Federal há “muita gente simples”, e que ainda tem “umas 700 pessoas” no local.

Ele ainda informou que “em geral eles estão recebendo comida” e “água tem em abundância”, pois há “filtros em todos os lugares”. “Dizer que as condições são humanas, não podemos dizer, porque elas estão no chão, dividindo poucos banheiros. É muita gente”, relatou frei Rogério em suas redes sociais.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, após a desmobilização em frente ao QG do Exército, em Brasília, 1,2 mil pessoas foram levadas ao ginásio da Academia da PF para averiguação de seus documentos. Os suspeitos de envolvimento na depredação dos prédios públicos dos Três Poderes passariam por uma triagem.

Fonte: https://www.acidigital.com/
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