Lideranças do Regional Sul 2 participam de reunião para refletir sobre “O efeito eclesial das lives”

Na noite da última sexta-feira, 4 de fevereiro, lideranças regionais das Pastorais, Movimentos e Organismos do Paraná participaram de uma reunião on-line para refletir sobre o tema: “O efeito eclesial das lives”. Após dois anos de pandemia, em que a realização de lives tornou-se uma saída para que os grupos pudessem continuar sua caminhada, mesmo a distância, realizando encontros e formações, viu-se a necessidade de refletir sobre a forma como esse recurso vem sendo usado e sobre os efeitos que tem trazido.   

A reunião foi conduzida pelo secretário-executivo da CNBB Sul 2, Pe. Valdecir Badzinski, e pela assessora de comunicação, Karina de Carvalho, e contou com a participação do bispo de Paranavaí (PR) e referencial para a Pastoral da Comunicação no Paraná, Dom Mário Spaki. O tema proposto foi exposto pelo coordenador nacional da Pastoral da Comunicação, Marcus Tulius.  

No início da reunião, Dom Mário falou sobre a grande mudança que houve na Igreja com a chegada da pandemia da Covid-19, levando a um salto de qualidade no âmbito da comunicação. “Eu percebo que esse salto de qualidade se deu, principalmente, nas comunidades. Observo, com alegria, quando vou às paróquias, que em toda parte estão os agentes da Pascom, tirando fotos, escrevendo, transmitindo a celebração. A comunicação está acontecendo e isso não é só no Brasil, é algo mundial”, afirmou Dom Mário. 

A reflexão do Marcus Tulius começou por uma contextualização da comunicação na Igreja e no mundo atual, que é marcada por uma comunicação em rede. Essa marca seria uma das principais chaves para se compreender o fenômeno e a necessidade de tantas lives. Na sequência, uma pergunta motivou a reflexão: Quem participa está conectado, mas será que todos os conectados estão participando? 

“Conexão é diferente de participação. Muitas vezes a pessoa está conectada, mas pode estar dormindo. Isso acontece por que não é dado o espaço de participação, que é uma das características da cultura de rede. A nossa tendencia é reproduzir, no on-line, o modelo de uma reunião presencial”, disse Marcus.  

Por fim, Marcus trouxe dicas práticas para um bom aproveitamento nas reuniões on-line ou nas lives: “Para uma live bem aproveitada, precisamos ter um casamento perfeito entre forma, conteúdo e técnica”. Quanto à técnica, Marcus ressaltou a importância do cuidado com o áudio, a conexão, as apresentações em tela e o cenário. “Não há como voltar atrás. Iremos conviver com atividades presenciais, atividades on-line e atividades que vão acontecer nas duas modalidades. Basta adequar as nossas realidades”, concluiu.  

Após a exposição, houve um momento de partilha dos participantes, no qual relataram suas experiências e aprendizados nesse tempo de pandemia. Para Márcia Ponce, secretária regional da Cáritas Paraná, o maior desafio desse período foi manter a espiritualidade no ambiente virtual: “Foi um grande desafio não perder a relação com a espiritualidade nesse ambiente em que estamos tão próximos e, ao mesmo tempo, tão distantes”. 

Ao final da reunião, o Regional Sul 2 da CNBB propôs às lideranças a parceria para a realização de lives no ano de 2022. A proposta da reunião foi provocar uma reflexão com as lideranças regionais, a fim de fazer um uso mais proveitoso e eficaz dos recursos atuais que estão disponíveis.

(Karina de Carvalho – Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2)