Andressa Collet - Vatican News
Neste mês de julho, após os mártires argentinos Padre Pedro Ortiz de Zárate e Padre João António Solinas serem beatificados no dia 2, chegou a vez de Pe. Johann Philipp Jeningen (1642-1704) ser venerado como beato a partir deste sábado (16), segundo o calendário de beatificações do Dicastério das Causas dos Santos. O rito de beatificação será presidido pelo cardeal Marcello Semeraro em Ellwangen, cidade dos Alpes Orientais da Alemanha. Na sequência, a próxima cerimônia está prevista somente para setembro, quando João Paulo I vai se tornar beato em missa presidida pelo Papa Francisco no dia 4, na Basílica de São Pedro.
O padre jesuíta alemão, que viveu no século XVII, conseguiu transformar uma pequena capela dedicada à Mãe de Deus na colina de Schönenberg, no Ducado de Württemberg, em um popular Santuário Mariano, visível de todas as direções e também destino de várias peregrinações. Embora quisesse partir em missão para o próprio Brasil ou para a Índia, segundo informações da própria ordem religiosa, foi inspirado pelo exemplo de São Francisco Xavier e exerceu o ministério nas áreas rurais ao redor da cidade de Ellwangen.
Ele visivitava diferentes localidades, a pé, sob sol e chuva, para difundir o ensino moral católico e promover a prática religiosa. Pelo estilo da sua pregação, alcançou pessoas de todas as classes sociais, tanto que era conhecido como "o bom Pe. Philipp", por querer consolar e aliviar o sofrimento dos aflitos. Rodeado de uma autêntica reputação de santidade, veio a falecer naquela região, em 1704, aos 62 anos, e foi enterrado na Basílica de San Vito de Ellwangen.
Em vista da beatificação do jesuíta alemão no dia 16 de julho, o superior geral da ordem, Pe. Arturo Sosa, divulgou uma carta datada em 2 de julho deste ano. Ele afirma que a beatificação de Pe. Philipp "nos mostra que, através de pessoas que dedicam suas vidas ao Evangelho com toda sua força, a esperança e a confiança se fazem presentes no mundo".
“Que o futuro beato possa imprimir a perseverança, a coragem, a confiança em Deus, a transparência, a paciência, a bondade para com os outros e a capacidade de suportar a adversidade que este missionário alemão tinha.”