Catedral Nossa Senhora das Graças, sede da Arquieparquia maronita de Chipre

A Catedral onde o Papa encontrou a Vida Consagrada nesta quinta-feira, é a sede da Arquieparquia de Chipre dos Maronitas. A Catedral foi visitada por Bento XVI em 6 de junho de 2010.
02/12/2021 19:12
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Catedral Nossa Senhora das Graças, sede da Arquieparquia maronita de Chipre

Vatican News

Após a acolhida oficial no Aeroporto de Larnaca, o Papa Francisco se dirigiu à Catedral maronita de Nossa Senhora das Graças em Nicósia, distante 50 km, para o encontro com Sacerdotes, Religiosos (as), Diáconos, Catequistas, Associações e Movimentos Eclesiais de Chipre.

A Catedral é a sede da Arquieparquia de Chipre. A primeira planta remonta ao século XVII. Reconstruída por volta de 1959, foi inaugurada em 28 de outubro de 1961 pelo arcebispo maronita de Chipre, Elias Farah. Restaurações posteriores foram realizadas particularmente no altar, que foi reconstruído de acordo com as regras da liturgia maronita. Mais tarde foram instalados vitrais artísticos que retratam episódios da vida de santos maronitas e foram realizados mosaicos na parte externa. A Catedral foi visitada por Bento XVI em 6 de junho de 2010, o primeiro Pontífice a fazer uma viagem apostólica a Chipre.

Arquieparquia de Chipre dos Maronitas

Arquieparquia de Chipre dos Maronitas (século XIII; série episcopal do ano 1357) - 9.251 km2; 849.640 habitantes; 13.000 católicos; 12 paróquias; 1 igreja; 9 sacerdotes diocesanos; 1 sacerdote regular residente na diocese; 3 diáconos permanentes; 2 seminaristas de cursos filosóficos e teológicos; 1 membro de institutos religiosos masculinos; 3 membros de institutos religiosos femininos; 8 institutos educacionais; 30 instituições de caridade; 85 batismos em 202.

O Arcebispo de Chipre dos Maronitas é Dom Selim Jean Sfeir, nascido em Keserwan, Líbano central, em 2 de setembro de 1958; foi ordenado sacerdote em 22 de maio de 1988; nomeado Administrador Patriarcal em Nicósia em outubro de 2020; eleito arcebispo em 19 de junho de 2021; consagrado em 29 de julho de 2021.

Desde 1847 está presente em Chipre um Vigário Patriarcal latino que reside em Nicósia, sob a autoridade do Patriarcado de Jerusalém, ao qual pertencem quatro paróquias da ilha. O atual é o Rev. Jerzy Kraj O.F.M.

O Patriarcado administra a Paróquia de São Paulo em Paphos, enquanto as outras três (Santa Catarina, Santa Maria das Graças e Santa Cruz), são administradas pelos franciscanos presentes em Chipre desde a origem da Ordem, no século XIII. O atual vigário é o padre Jerzy Kraj, O.F.M.. Junto com os franciscanos trabalham os sacerdotes diocesanos e religiosos e religiosas de diversas Congregações comprometidas nas escolas, na pastoral, na catequese e na assistência aos pobres, imigrantes e idosos.

Nicósia

Nicósia - em grego Λευκωσ?α, Lefk?sia; em turco: Lefko?a – é capital da República de Chipre e tem 200.452 habitantes. Está localizada na planície da Mesória, entre as montanhas de Kyrenia ao norte, os planaltos de Troodos ao sul e ao longo do Rio Pedieos.

A cidade, localizada bem no centro da ilha de Chipre é a terceira maior ilha do Mediterrâneo. Após a invasão dos turcos em 1974, foi dividida em duas partes, uma grego-cipriota grega e uma turco-cipriota. Uma “Linha Verde” demarca o limite constituído em parte por arame farpado e outra por um muro, no interior do qual existe uma zona tampão patrulhada por capacetes azuis da UNFICYP.

Habitada desde a Idade do Bronze e conhecida no passado como Ledra, Nicósia testemunhou ao longo do tempo a sucessão de inúmeras civilizações no seu território, a começar pela grega, romana e bizantina. Por volta de 965 é elita capital da ilha por sua posição estratégica, ou seja, ao longo de importantes rotas comerciais e ao abrigo de ataques inimigos por mar.

Durante a Terceira Cruzada, em 1187, a cidade foi derrotada por Ricardo Coração de Leão e depois vendida aos Cavaleiros Templários, que a controlaram até a revolta dos Nicosianos em 1192. Mais tarde, a capital foi governada pelos reis Lusignanos até 1489, pelos venezianos (1489-1571), o Império Otomano (1571-1878) e por fim os britânicos de 1878 a 1960, ano em que Chipre conquistou sua independência.

Em 1974, uma junta militar grega tentou um golpe, buscando derrubar o governo de Chipre e anexar a ilha à Grécia. A Turquia responde invadindo o país e assumindo o controle da parte norte da ilha e da parte norte de Nicósia. Em 1983, os turcos do Norte proclamaram a independência, nascendo assim a República Turca do Chipre do Norte, reconhecida pelo governo de Ancara, mas não pela comunidade internacional.

Atualmente Nicósia, a última capital dividida do continente europeu, é um dos centros econômicos e financeiros mais importantes do Mediterrâneo oriental. Entre os principais pontos de referência da capital está o centro histórico, circundado por paredes de arenito construídas pelos venezianos no século XVI. As paredes são reforçadas por onze baluartes em forma de coração e protegidas por um fosso de 80 metros de largura. Dentro deles está o tradicional bairro de Laiki Geitonia, com suas tabernas, lojas, restaurantes e galerias. As paredes circundantes têm três portões históricos: o portão Kyrenia, o portão Famagusta e o portão Paphos. Os fossos que cercam o complexo há muito foram transformados em um parque.

A fronteira entre a parte sul e a parte norte do centro histórico é delimitada por arame farpado e torres de vigia, e a travessia é controlada. Na parte sul, encontra-se a Catedral ortodoxa de São João, o Arcebispado, a Igreja de Panagia Faneroméni, a Mesquita Omeriye, o Monumento da Liberdade, o Museu Nacional da Luta, o Museu de Arte Popular, o Museu de Etnologia, o Museu de Arte Bizantina, Museu Municipal de Leventis e, fora dos muros, o Museu Arqueológico de Chipre.

Na parte sul, que permanece sob o controle da República de Chipre, estão também instituições políticas, econômicas, industriais e representações diplomáticas. No norte, fica a antiga Catedral ortodoxa de Santa Sofia, hoje Mesquita Selimiye, assim denominada em 1954 em homenagem ao sultão otomano que conquistou Chipre; Piazza Atatürk, também chamada de Praça Saray por causa do nome do Palácio Lusignano que outrora ali ficava existia, e onde em 1821 os otomanos decapitaram ou enforcaram 486 cipriotas gregos, incluindo quatro bispos e outros clérigos, acusando-os de conspirar contra o governo; e Buyuk Han, o maior caravançarai (palácio das caravanas) da ilha, construído em 1572 pelo primeiro governador otomano. Por fim, entre os locais de interesse estão também o posto de controle da Rua Ledra, que divide a cidade, e o Mercado Aberto, o mercado da cidade.

Fonte: http://www.vaticannews.va/pt