Muitos não são cristãos porque não há quem os instrua: um desafio há séculos

Muitos não são cristãos porque não há quem os instrua. Se isto parece descrever a realidade atual, vale dizer que já era assim há 500 anos. Nas carta que São Francisco Xavier escreveu para Santo Inácio de Loyola nos dias 20 de outubro de 1542 e 15 de janeiro de 1544, ele já destacava o quanto as populações do Oriente se mostravam ansiosas por conhecer a fé católica, em particular as crianças. Em seguida, lamentava a falta de missionários para instruí-las.

Muitos não são cristãos porque não há quem os instrua

Eis o que o grande apóstolo jesuíta afirmava:

“Muitos deixam de se fazer cristãos nestas terras por não haver quem se ocupe de tão santas obras. Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz como homem que perdeu o juízo, e principalmente à Universidade de Paris, falando na Sorbonne aos que têm mais letras que vontade para se disporem a frutificar com elas. Quantas almas deixam de ir à glória e vão ao inferno por negligência deles! E, se assim como vão estudando as letras, estudassem a conta que Deus Nosso Senhor lhes pedirá delas, e do talento que lhes deu, muitos se moveriam a procurar, por meio dos Exercícios Espirituais, conhecer e sentir dentro de suas almas a Vontade Divina, conformando-se mais com ela do que com as próprias afeições, e dizendo: ‘Senhor, eis-me aqui! Que quereis que eu faça?’ (Atos 9,10). Mandai-me aonde quiserdes, e, se for preciso, até mesmo à Índia”.