Nesta sexta-feira (27) Dom José Mário recebá imposição do pálio das mãos do Núncio Apostólico

23/09/2024 08:09
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Nesta sexta-feira (27) Dom José Mário recebá imposição do pálio das mãos do Núncio Apostólico

Nesta sexta-feira, 27 de setembro, às 19h30, Dom José Mário Scalon Angonese, arcebispo de Cascavel (PR), receberá o pálio na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. A cerimônia de imposição da insígnia episcopal será conduzida pelo Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco.

A solene celebração contará com a presença do clero arquidiocesano e bispos do Regional Sul 2, além de representantes das Pastorais, Serviços, Movimentos, Congregações Religiosas, e claro, todo o povo de Deus, com representantes de todas as paróquias da Arquidiocese.

A celebração será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Catedral, além do Facebook da Catedral e da Arquidiocese. 


Pálio

O pálio, derivado do latim pallium, que significa “manto de lã”, é uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica. Ele consiste em uma faixa de pano de lã branca que é colocada sobre os ombros dos arcebispos. Este pano representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como Cristo fez com a ovelha perdida. Desta forma, podemos dizer que o pálio é o símbolo da missão pastoral do bispo. Além disso, o pálio é destinado aos arcebispos metropolitanos, simbolizando a jurisdição em comunhão com a Santa Sé.

O pálio, em sua forma atual, é uma faixa estreita de tecido com cerca de cinco centímetros de largura, tecida em lã branca. Ele é curvado no meio para repousar sobre os ombros, acima da casula, e possui duas abas pretas penduradas na frente e atrás. Visto tanto na frente quanto atrás, a vestimenta lembra a letra “Y”.

O pálio é decorado com seis cruzes negras de seda, que lembram as feridas de Cristo: uma em cada cauda e quatro na curvatura. Além disso, ele é cortado na frente e atrás, com três alfinetes de gema aciculada em forma de alfinete. Essas duas últimas características parecem ser uma lembrança dos tempos em que o pálio era um simples lenço duplo dobrado e pregado com um alfinete no ombro esquerdo.


Sobre dom José Mário Scalon Angonese

Dom José Mário, nasceu no dia 1º de junho de 1960 no município de Unistalda no estado do Rio Grande do Sul, e é filho de Roberto Antônio Angonese e Henrica Scalon Angonese. Entre os anos de 1983 e 1989 cursou Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Viamão, da Arquidiocese de Porto Alegre. Obteve Licenciatura em Filosofia, com especialização em Psicologia da Educação da Faculdade de Filosofia, em Canoas. Foi ordenado sacerdote no dia 16 de dezembro de 1989, por Dom José Ivo Lorscheiter.

Dos anos de 1990 a 2002 foi Assistente do Seminário Menor São José e Animador Vocacional, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Foi Orientador Espiritual (1991-1998) e reitor do Seminário Menor de São José (1999-2001) e pároco da paróquia Santíssima Trindade em Nova Palma (2002-2010). Desde 2011 era pároco da Paróquia da Ressurreição e Reitor do Seminário Maior Arquidiocesano São João Maria Vianney, em Santa Maria (RS).

Atendendo a um pedido de Dom Moacyr Vitti, arcebispo de Curitiba, o Papa Bento XVI nomeou, em 20 de fevereiro de 2013 o então padre José Mário como bispo titular de Giufi e auxiliar de Curitiba. Sua sagração episcopal foi presidida por Dom Moacyr Vitti em 28 de abril do mesmo ano, na Basílica da Medianeira, em Santa Maria, tendo como co-ordenantes Dom Hélio Adelar Rubert, arcebispo de Santa Maria e Dom José Mário Stroeher, bispo de Rio Grande.

No dia 31 de maio de 2017, o Papa Francisco, o nomeou Bispo diocesano da Diocese de Uruguaiana, onde permaneceu até a nomeação para a Arquidiocese de Cascavel, em 02 de maio de 2024.

Em 2019, foi eleito pelos membros do Conselho Permanente da CNBB para integrar a Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência no quadriênio 2019-2023. Em junho de 2023, foi reeleito como membro da  mesma Comissão para o  quadriênio 2023-2027.

Até maio deste ano, seu lema Episcopal era: “ EIS-ME AQUI, ENVIA-ME”, e neste novo ciclo, alterou para “SERVIR POR AMOR”, que se baseou nas instruções de Jesus sobre a identidade e a missão da comunidade dos seus discípulos, que seguem sendo atuais. A partir destas orientações nasceu a comunidade da Nova Aliança, fundamentada no serviço (cf. Jo 13,1-17) e no amor (cf. Jo 13,33-35). Destas orientações surgiu o meu lema, no contexto do “Lava-pés” e do Novo Mandamento: “Servir por amor”.

Assumiu como arcebispo da Arquidiocese de Cascavel no dia 09 de junho de 2024, em celebração solene realizada na Catedral Nossa Senhora Aparecida. 


Sobre o Núncio Apostólico

Dom Giambattista Diquattro, de 70 anos, é um arcebispo de origem italiana de Bolonha que possui uma extensa formação e trajetória na Igreja Católica. Além de ser diplomata, teólogo e canonista, ele foi ordenado sacerdote em 24 de agosto de 1981. Dom Diquattro foi ordenado bispo em 4 de junho de 2005 é mestre em Direito Civil pela Universidade de Catânia e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Ele também possui um mestrado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

O Núncio Apostólico é o representante do Papa, funcionando como uma espécie de embaixador da Santa Sé. Sua missão é efetivar vínculos e tornar eficaz o diálogo e a proximidade das dioceses e bispos com o Romano Pontífice. A pessoa do Núncio deve promover e estimular o diálogo e as relações entre a Santa Sé e as autoridades do país ao qual ele é enviado. Em relação ao diálogo com o Estado, o Núncio exerce a função de diplomata, papel parecido ao dos embaixadores nos países.

Fonte: https://arquicascavel.org.br/
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