Cinco coisas que talvez não saiba sobre os Santos Inocentes

28/12/2023 17:12
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Cinco coisas que talvez não saiba sobre os Santos Inocentes

No marco da festa dos Santos Inocentes, apresentou cinco coisas que talvez não sejam divulgadas sobre estes mártires, cujas mortes seguem repercutindo na sociedade de hoje, segundo artigo do padre Sergio Román, publicado no SIAME (Serviço Informativo da Arquidiocese do México).

1. A história

Herodes disse aos Magos do Oriente que ele estava muito interessado no rei que tinha acabado de nascer e pediu-lhes para informá-lo sobre este rei em seu retorno para também ir adorá-lo. A estrela guiou os Magos até a criança e, cumprida sua missão, voltou para seus países de origem por outros caminhos, pois um anjo mandou avisar em sonhos que Herodes queria matar Jesus.

Desapontado com os Magos, Herodes mandou matar todas as crianças menores de dois anos com o desejo de acabar com aquele Rei nascido em Belém, que colocava em perigo seu próprio reinado. Um genocídio. A matança dos inocentes. A Igreja os recorda no dia 28 de dezembro, Unidos a Natal, porque eles não morreram por Cristo, mas no lugar de Cristo.

2. Herodes, ó Grande!

Assim se chama aquele rei da Palestina, fantoche do Império Romano. Foi grande porque pude ganhar guerras e conquistar terras para o seu reino, mas também por seus crimes: casou-se com Mariana, filha do sacerdote de sumô Hircano II. Temeroso de que desejavam o seu reino, mandou matar seu gênero, José; Salomé; o sacerdote sumô Hircano II; sua esposa Mariana; os irmãos dela, Aristóbulo e Alexandra; seus próprios filhos, Aristóbulo, Alexandre e Antipatro.

Quando ficou enfermo, mandou prender todos os personagens importantes de Jericó, com a ordem de que assim que morresse, matassem-nos a flechadas. Quando Herodes morreu, esta ordem não foi cumprida. Com esses dados, podemos compreender que para ele foi fácil mandar matar os Santos Inocentes. Quantos foram? Hoje, sabe-se que Belém não desvia ter mais de mil habitantes e que este número, provavelmente, corresponderia a uma população de 20 meninos.

3. Uma gruta de Belém

Santa Helena, mãe do imperador Constantino, que deu paz aos cristãos no século IV, construiu uma Basílica sobre a gruta de Belém, onde nasceu o Menino Jesus. Essa Basílica, reconstruída, ainda existe e guarda em sua cripta a preciosa gruta onde uma estrela de prata marca o lugar do santo nascimento. “Aqui nasceu Jesus Cristo de Maria, a Virgem”, diz a inscrição em latim.

A gruta de Belém é um sistema de cavernas que se estende sob a antiga basílica e o templo católico de Santa Catarina. Em uma dessas cavernas foram encontrados restos de crianças enterradas. O primeiro pensamento foi que eram os restos dos Santos Inocentes, mas os caixões correspondiam a uma época muito posterior. De todo modo, essa caverna foi dedicada à memória dos Santos Inocentes.

4. Ain Karen

Ain Karen é uma cidade perto de Jerusalém. Segundo a tradição, é o lugar da “Visitação” e do nascimento de João Batista. Este era mais velho do que Jesus apenas seis meses e existe uma lenda de que também ao ser vítima de Herodes. Perseguida por soldados assassinos, sua mãe Isabel buscou uma rocha no monte atrás da qual ocultou seu pequeno João antes que os soldados a alcançassem.

Quando os soldados alcançaram, procuraram até atrás da rocha, mas não viram nada. Quando saiu, Isabel correu para buscar seu menino e descobriu que a rocha tinha um espaço aberto para dar lugar em seu interior ao pequeno perseguido e, assim, salvou João Batista. Na Basílica da Visitação, sobre o monte, guarda-se uma estranha rocha que registra esta história.

5. Os santos inocentes de hoje

Uma celebração litúrgica deve nos registrar não apenas o fato histórico ocorrido em crianças assassinadas no lugar de Cristo, mas também o acontecimento diário de todos os inocentes perseguidos e assassinados entre nós. Os humanos são capazes de monstruosidades que nos envergonham.

Seguimos assassinando por motivos religiosos, políticos, econômicos e, cada vez que denunciamos um desses crimes, clamamos indignados “Nunca mais!”, para, em seguida, repetir a história. Não permaneceremos indiferentes ante esses genocídios, despertemos em nós a solidariedade e unamos nossas vozes e nossas ações às essas inocentes que seguem morrendo no lugar de Cristo.

Fonte: www.acidigital.com