Jesus Cristo e o grande anúncio do evangelho - por Dom Adelar Baruffi

Jesus Cristo é o mais importante. Sempre ele, com o Pai e o Espírito Santo, a Trindade Santa. Então, nele, em Jesus Cristo, volta-se nosso olhar e nosso pensamento, todos os dias. Repito novamente que ao entrarmos em nossas igrejas, vemos logo, o Crucificado, bem em frente. Ele deve estar morto, na cruz. Isto porque o morto na cruz nos revela muito de si mesmo, de seu sofrimento até o fim, para vir em nosso lugar. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). O Pai nos “deu”, nos entregou, o seu Filho! Temos, também, o altar e a mesa da Palavra. Além disso, o sacrário, onde estão as hóstias que guardamos para os doentes e um lugar especial para rezar. Este é o centro de nossa fé. Nele, em Jesus Cristo, sua vida, morte e ressurreição são recordadas. 

E os santos de nossa devoção? E a Virgem Maria, tão querida por nós? Onde ficam? Que lugar tem eles e ela? Vale muito sabermos, de fato, quem foram e o que fizeram os santos, que já estão no céu. Eles, de fato, fazem parte da única Igreja que formamos, aqui na terra e no céu. Tanto que na última parte da Liturgia Eucarística eles são lembrados. Na Oração Eucarística I, eles estão lá citados: vinte e seis na primeira parte e quinze na segunda parte, com o nome deles. Todos junto de Deus! Faz bem, se nos colocamos no lugar deles e queremos viver como eles viveram. 

Vale muito a santidade do nosso terço cotidiano. Quando rezamos a ela, sua oração, nos dirigimos a ela, Maria. Tenho absoluta certeza, que ela não deixará nenhum dos seus devotos sem sua presença consoladora. O Santo Rosário, por exemplo, tem suas devoções e mistérios. Sempre, embora nossa palavra se dirija à Mãe, nossos pensamentos e sentimentos estão no Filho que quis se revelar a nós. Lembramos, por exemplo, os quatro Mistérios do Rosário: Gozosos (da alegria); Luminosos; Dolorosos e Gloriosos.

Os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) apresentam a centralidade de Jesus Cristo. Do seu nascimento até sua morte-ressurreição. Os Atos dos Apóstolos também falam de Jesus Cristo. Eles são incansáveis missionários, pois vão com a força do Espírito Santo. Alguns até o fim de sua vida, dando seu sangue, por amor que tiveram a Jesus Cristo. No Antigo Testamento, desde Abraão até João
 Batista, tudo nos falam dele, de Jesus Cristo, ao menos indiretamente.

Nós, os bispos, os padres, as irmãs religiosas e os seminaristas somos privilegiados. Não é porque tivemos mais possibilidades. Não é isso! É porque tivemos mais oportunidades de crescer e conhecer a nossa fé. Por isso, seremos os primeiros e sermos julgados após a nossa morte! Sabemos que numa missa, numa igreja, o centro é Jesus Cristo, o Filho amado do Pai. 

Dom Adelar Baruffi

Arcebispo Metropolitano de Cascavel