Quatro décadas da Revista Arquidiocesana de Cascavel

Revista Catedral criada por um grupo de leigos, para divulgar ações da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, bem como conteúdos de evangelização
13/07/2022 14:07
9 minutos de leitura
Quatro décadas da Revista Arquidiocesana de Cascavel

Revista Nossa Senhora Aparecida


Lançada em formato de boletim, em março de 1988, “com o objetivo de aprofundar o diálogo com as famílias católicas e ser um instrumento a serviço da pastoral e da caminhada da paróquia da Catedral”, segundo escreveu o diretor do veículo na época, Pe. José Ceschin, no editorial da edição de número 60, que circulou em abril de 1993, quando tornou-se revista.

Com a mudança, de boletim para revista, ocorrida no seu sexto ano de circulação, os assuntos deixaram de ser apenas paroquiais e deram abertura para a vida da comunidade.  

Tanto enquanto boletim, quanto na sua fase inicial de magazine, a circulação era mensal. As primeiras edições vinham com 28 páginas, totalmente editadas em preto e branco, com exceção da capa que ganhou algumas cores, mas ainda sem policromia. Logo na sua 3ª edição ampliou para 36 páginas.

Em 1998 vieram novas mudanças. A revista aumentou para 44 páginas, com capa e as primeiras páginas e 4 cores e a circulação passou a ser bimestral. Mas a maior mudança aconteceu no ano de 2000, quando deixou de ser paroquial para tornar-se Revista Diocenasa, sob direção de Dom Lúcio Baumgaertner, ainda que mantendo o nome Catedral.

Algumas das características foram mantidas ao longo desses 40 anos, tais como a lombada em formato canoa e grampo, bem como a responsabilidade editorial dos padres e a produção de conteúdo feita por leigos, com participações do clero. E foi por solicitação de Dom Lúcio que, em final de 2006 a revista saiu da responsabilidade jurídica da arquidiocese e passou a ser administrada por CNPJ privado, criado exclusivamente para esse fim. Com a nova equipe, conduzida pela Maria Rosa Hipólito e Domingos Paschoal Pereira de Souza, o veículo continuou a levar a mensagem da arquidiocese, porém com conteúdo mais evangelizador e incluindo informações das pastorais e das paróquias. Também ganhou nova roupagem, com impressão totalmente colorida e impressão em papel couchê, de melhor qualidade.

Nesse período sofreu melhorias, incrementou novos conteúdos e aderiu aos articulistas de diferentes setores.  “Quando assumimos a revista não tinha representatividade. Então tivemos que bancá-la nas primeiras edições e investir em melhorias na apresentação física, para ganhar a credibilidade dos anunciantes”, conta Maria Rosa ao salientar que sempre teve um sentimento de valorização, por ser indicada para assumir a responsabilidade pelo veículo de comunicação da Igreja.

Domingos lembra que também foi a partir dessa época que a revista ganhou abrangência, com distribuição em todas as paróquias da Arquidiocese e inclusão de conteúdos destas. “Também adotamos o orientador espiritual, que nos orientava quanto às pautas e serem desenvolvidas, para que tudo fosse produzido conforme a linha de pensamento da nossa Igreja”, afirma ele. O papel de orientador sempre coube ao Assessor Arquidiocesano da Pastoral da Comunicação.

“A revista faz parte da história das nossas vidas. Quando assumimos tínhamos o desafio de fazê-la circular, da melhor forma possível, e conseguimos mantê-la, sempre com melhorias”, conta Domingos ao salientar que nunca houve atraso na publicação de uma edição sequer, e também nunca ficaram dividas em nome da revista, uma vez que a agência bancava os prejuízos.

Maria Rosa ressalta o valor espiritual que a revista tem para ela, pelo fato de terem sido escolhidos em uma situação delicada, que inspirava principalmente confiança. “Sempre trabalhamos em conjunto com a Diocese, nunca isoladamente”, disse ela.  

 

Um novo passo

Em 2020, com a entrada da nova equipe da Pascom Arquidiocesana, quando o Pe. Luciano Cordeiro assumiu como Assessor Espiritual e o Diácono Diony Januário assumiu como Coordenador, o grupo começou a pensar em fazer desse, um veículo mais fortalecido, para a comunicação arquidiocesana.

Após várias discussões e um tempo para o amadurecimento da ideia, foi então, elaborado um projeto, o qual foi aprovado em grupo e depois recebeu o apoio do nosso arcebispo, Dom Adelar Baruffi.

A primeira edição foi lançada em maio, em um café da manhã com a imprensa, realizado na Catedral Nossa Senhora Aparecida, onde foram apresentados diversos assuntos aos profissionais da mídia de Cascavel, tais como o encerramento da festa do seminário e o lançamento da Corrida da Fé.

Pe. Luciano Cordeiro, Assessor Espiritual da Pascom, abriu o encontro falando sobre a importância da revista como principal veículo de informação e evangelização da Arquidiocese. Ele também esclareceu aos jornalistas sobre o trabalho realizado pela Pastoral da Comunicação, “um setor que atuava de forma tímida, mas que veio à tona com a pandemia e a necessidade do uso das mídias sociais para transmissão das missas e eventos paroquiais”, disse ele, ao colocar-se como uma porta, onde os meios de comunicação podem buscar informações sobre a nossa Igreja e os respectivos acontecimentos.

A mudança do nome tem como objetivo desvinculá-la da Catedral e aproximá-la ainda mais de todas as 41 paróquias da Arquidiocese de Cascavel, distribuídas em 29 municípios da região Oeste do Paraná.

Apesar da alteração nominal, haverá continuidade no número da edição, sendo que a última edição da Catedral foi a de número 242.

Fonte: https://arquicascavel.org.br/
Tags: