Catequese uma doação de Amor ao próximo
No mês de agosto celebramos as vocações, aqueles que foram chamados para viver os planos de Deus nas suas vidas e ensinar aos cristãos a vida de Cristo.
Da oração a palavra, do pão e do vinho, preparar a terra e plantar a semente, é colocar em cada pessoa a palavra de Deus. É um servir árduo ao mesmo tempo gratificante.
A catequista Natalina Cecato Gemelli, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, nos contou sua trajetória como catequista há mais de 40 anos a serviço da comunidade.
Em 1973 , D. Natalina começou a ministrar catequese em Guaraniaçu, época em que foi convidada pela irmã Iracema Brand para assumir uma turma para a Primeira Eucaristia.
D. Natalina estudou no Colégio das Irmãs Catequistas Franciscanas de Erval do Oeste – SC, por ser professora não teve grandes dificuldades para a missão.
Com o tempo, D. Natália e seu esposo Naldir Gemelli (in memoriam) fizeram parte da Coordenação de Catequese Diocesana, para formar catequistas, com os padres Luiz Parola e José Chequim, as irmãs Beatriz Moratelli e Aracelis e outro casal coordenador Agenor e Iracema Dariva. O trabalho continuou com os Frei Luciano Bernardi e Frei Bruno Manzoni, que juntos com outros leigos, estudavam estratégias para a formação de grupos, sempre enaltecendo o ver, julgar, agir e celebrar.
Em 1989, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima foi coordenadora e catequista, fez formações específicas, estudando o material crescer em comunhão e com auxílio dos livros de Frei Bernardo Cansi.
Sentiu falta de maior aprendizado, por isso fez a Escola Catequética, primeira turma, de 1995 a 1998. Teve como formadores o Padre/Dom Antônio Peruzzo e o Padre Lauri, sendo a Coordenadora Irmã Olmira B. Dassoler.
Natalina relatou que não havia sala específica para os encontros da catequese, os espaços eram ou a igreja ou uma salinha na Casa Paroquial.
Com o tempo a paróquia construiu salas que hoje atendem todas as etapas. Nossa pioneira na catequese lembra que no início não possuam material e para seus encontros faziam uso de livros diversos até surgir o livro Crescer em Comunhão .
Nos últimos 10 anos caminhou com a mesma turma até a quinta etapa que foi motivo de grande emoção e alegria. Com o passar do tempo tornou-se difícil ter catequistas. As turmas eram numerosas e as voluntárias precisavam até assumir mais que uma etapa. A dificuldade de catequistas continua até hoje.
“Um fruto semeado nasce e frutifica;” são as palavras de Natalina que com felicidade estampada nos olhos, vê hoje catequistas que foram seus pupilos. Alguns pertencem a pastorais e são participantes ativos na comunidade. Com orgulho olha os frutos: filha catequista, netos em grupos de jovens, acólito. Enfim, uma família crescendo no amor cristão e construindo outras famílias cristãs.
De onde brotou tanta inspiração para a tarefa de amor gratuito da catequese?
Ela lembra do livro de Jeremias , jovem inexperiente e que mesmo tendo medo, confiou. Deus o capacitou colocando palavras em sua boca.
Sabemos que o caminhar em missão não é fácil , mas ao conhecermos esta história, nosso coração se rejubila e ao mesmo tempo Deus se alegra com pessoas que investem no caminho do Senhor. Natalina nos deixa uma mensagem: “Que se disponham e tenham boa vontade para dar catequese, que emprestem o corpo e a língua, e que deixem que o Espírito Santo atue na sua vida e que sigam o que diz Deus para o profeta Jeremias. Digo também, que procurem se aprofundar nos estudos catequéticos, por que dar catequese é um desafio, mas é muito gratificante, por que hoje a criança e o adolescente tem sede de Deus, mas nem sempre tem quem os conduza. ”
São relatos assim que nos inspiram a cada dia. Não só no mês de agosto , dedicado às vocações, mas em todos os meses do ano, rezemos por essas pessoas que se doam no amor ao próximo.
Que possamos como elas sermos sal e luz neste mundo, e que nos conduza ao sonho de Ouro de Jesus: ao futuro de amor e paz!
Muito obrigado D. Natalina e que o próprio Deus seja a sua recompensa!
Fonte: Pascom Santa Clara de Assis, Paroquia Nossa Senhora de Fátima – Guaraniaçu
Revisão: Maria da Graça Pellegrinello
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